São amigos queridíssimos que estão passando por esse problema que aflinge a centenas de médicos brasileiros formados em Cuba e que não podem exercer a função aqui no SEU próprio país BRASIL, sem antes passar por uma tsunami burocracia.
1º texto:
Provavelmente não conheço todos vocês, mas se receberam esse email é uma pessoa amiga e conto com vocês. Preciso que divulguem o desabafo da minha filha. Como amigos como cidadãos que no seu dia-a-dia que vivem com pouco ou sem proteção do Estado, lutando pela sobrevivência e a dos seus, encaminho (em anexo) uma carta escrita por uma de minhas filhas (Daniela Maria de Oliveira Varela): a carta mostra a decepção por sua irmã (Gabriella Oliveira Ribeiro) estar travando uma luta atroz contra a burocracia brasileira que a impede de exercer, no Brasil, a medicina aprendida em Cuba. O Brasil, um país tão carente, impede um médico de trabalhar. Será que isso não valeria uma pauta? Esta é situação de aproximadamente 5 mil brasileiros formados em Cuba ou em outros países menos de “primeiríssimo mundo”. Como mãe, a situação não só aflige como também “desespera”. Enquanto a minha filha tenta ajudar seus irmãos brasileiros, outros tantos bolsistas do CNPq e da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) cometem a ingratidão de ter seus estudos pagos no exterior e lá permanecerem sem qualquer compromisso com a população e os contribuintes brasileiros (matéria do jornal O Globo – Edição de 20.09.2009). Recorro, portanto, a todos vocês na tentativa de tornar pública a dor de tantos médicos impedidos de trabalhar, de seus irmãos e pais que – diferente dos bolsistas do governo – não tiveram qualquer ajuda para formar seus filhos.
Atenciosamente,
Tânia Ribeiro
Atenciosamente,
Tânia Ribeiro
2º Texto:
Quando o tecnicismo se sobrepõe ao humanismo
É de conhecimento público a situação de médicos brasileiros e estrangeiros formados em Universidades no exterior que de regresso ao seu país encontram a quase que intransponível barreira de atuar na profissão que escolheram e se dedicaram durante anos, longe da família, amigos e da sua terra natal.
Muitos têm na ponta da língua a pergunta: “Se é para passar por isso, por que foram?” Julgando pelo conhecimento de causa, já que ocorreu na minha família, com minha irmã caçula no auge do seu idealismo juvenil, afirmo que a escolha foi motivada pelo sonho de uma proposta de medicina preventiva que poderia colaborar bastante, quem sabe até mudar, a realidade da população mais carente do Brasil em relação à saúde.
Pois bem, diante dessa batalha, depois de passar em sexto lugar em um concurso de residência médica em Brasília no Hospital de Base, ser aprovada e classificada em concurso da Secretaria de Estado de Saúde do DF e não poder assumir em ambos, por não ter seu diploma revalidado é mostrar sua competência concorrendo com outros colegas formados no Brasil .
Eis que depois de um ano de preparação de dedicação exclusiva para a prova de revalidação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aconteceu um imprevisto: após tomar as medidas de segurança necessárias, como desligar e guardar em envelope lacrado o celular, o mesmo aciona o seu despertador e ela é eliminada do concurso, que ocorre apenas uma vez por ano. Um fiscal burocrata e inflexível da Coordenação de Concursos e Exames Vestibulares da UFMT (ORGANIZADORA DA PROVA) que não se compadeceu diante dos apelos chorosos e desesperados de uma médica e nem mesmo do diretor da própria instituição (que por sinal é médico) usando uma expressão no mínimo infeliz e absolutamente verídica: “Hoje quem manda aqui sou eu, está no edital não pode haver ruídos, você está eliminada”.
Quando o tecnicismo sobrepõe o humanismo só resta chorar: pelo Brasil, pela amargura que corrói a solidariedade como ferrugem, pela pobreza humana, pelo poder dado a pessoas medíocres, tiranas e ignorantes.
Hoje foi um dia triste na vida de uma médica, condenada por ter se formado no exterior, em um país que oferece formação visando a prevenção e não o trato de doenças já instaladas, uma médica da família,humanista, generosa, competente e patriota.
Hoje foi um dia que um fiscal de provas de mais ou menos uns quarenta anos demonstrou que não é panela velha que faz comida boa, e que pouco poder nas mãos erradas pode fazer grandes estragos na vida de batalhadores, brasileiros pró-ativos que poderiam fazer grande diferença na precariedade da saúde do Brasil.
Fico triste com pessoas inflexíveis, intolerantes que acham que a norma é dura e só tem efeitos punitivos e deve ser seguida ao pé da letra. Há o bom senso dentro de qualquer norma, mas só pessoas instruídas emocionalmente e intelectualmente sabem conciliar isso, como por exemplo o diretor e médico Aristides Nasser, humanista de formação, especialista em ajudar pessoas independente do que está no edital, comprometido com o ser humano e não com formulários, números e ruídos sonoros. Para ele o que conta é o sangue que corre nas veias, os batimentos cardíacos e não o eletrocardiograma. Caro fiscal Rodolfo Nery, acredito que você deveria trabalhar como voluntário nesta instituição para tentar entender melhor o que é a vida já que o regimento interno você já sabe de cor e o usa com toda a sua desumanidade
Meu nome é Daniella, sou pedagoga, especialista em deficiências da áudio comunicação. Trabalho diretamente com pessoas surdas e conheço de perto a realidade de não escutar por deficiência e não por ignorância ou prepotência pura.
Daniella Maria de Oliveira Varela
Pedagoga
É de conhecimento público a situação de médicos brasileiros e estrangeiros formados em Universidades no exterior que de regresso ao seu país encontram a quase que intransponível barreira de atuar na profissão que escolheram e se dedicaram durante anos, longe da família, amigos e da sua terra natal.
Muitos têm na ponta da língua a pergunta: “Se é para passar por isso, por que foram?” Julgando pelo conhecimento de causa, já que ocorreu na minha família, com minha irmã caçula no auge do seu idealismo juvenil, afirmo que a escolha foi motivada pelo sonho de uma proposta de medicina preventiva que poderia colaborar bastante, quem sabe até mudar, a realidade da população mais carente do Brasil em relação à saúde.
Pois bem, diante dessa batalha, depois de passar em sexto lugar em um concurso de residência médica em Brasília no Hospital de Base, ser aprovada e classificada em concurso da Secretaria de Estado de Saúde do DF e não poder assumir em ambos, por não ter seu diploma revalidado é mostrar sua competência concorrendo com outros colegas formados no Brasil .
Eis que depois de um ano de preparação de dedicação exclusiva para a prova de revalidação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aconteceu um imprevisto: após tomar as medidas de segurança necessárias, como desligar e guardar em envelope lacrado o celular, o mesmo aciona o seu despertador e ela é eliminada do concurso, que ocorre apenas uma vez por ano. Um fiscal burocrata e inflexível da Coordenação de Concursos e Exames Vestibulares da UFMT (ORGANIZADORA DA PROVA) que não se compadeceu diante dos apelos chorosos e desesperados de uma médica e nem mesmo do diretor da própria instituição (que por sinal é médico) usando uma expressão no mínimo infeliz e absolutamente verídica: “Hoje quem manda aqui sou eu, está no edital não pode haver ruídos, você está eliminada”.
Quando o tecnicismo sobrepõe o humanismo só resta chorar: pelo Brasil, pela amargura que corrói a solidariedade como ferrugem, pela pobreza humana, pelo poder dado a pessoas medíocres, tiranas e ignorantes.
Hoje foi um dia triste na vida de uma médica, condenada por ter se formado no exterior, em um país que oferece formação visando a prevenção e não o trato de doenças já instaladas, uma médica da família,humanista, generosa, competente e patriota.
Hoje foi um dia que um fiscal de provas de mais ou menos uns quarenta anos demonstrou que não é panela velha que faz comida boa, e que pouco poder nas mãos erradas pode fazer grandes estragos na vida de batalhadores, brasileiros pró-ativos que poderiam fazer grande diferença na precariedade da saúde do Brasil.
Fico triste com pessoas inflexíveis, intolerantes que acham que a norma é dura e só tem efeitos punitivos e deve ser seguida ao pé da letra. Há o bom senso dentro de qualquer norma, mas só pessoas instruídas emocionalmente e intelectualmente sabem conciliar isso, como por exemplo o diretor e médico Aristides Nasser, humanista de formação, especialista em ajudar pessoas independente do que está no edital, comprometido com o ser humano e não com formulários, números e ruídos sonoros. Para ele o que conta é o sangue que corre nas veias, os batimentos cardíacos e não o eletrocardiograma. Caro fiscal Rodolfo Nery, acredito que você deveria trabalhar como voluntário nesta instituição para tentar entender melhor o que é a vida já que o regimento interno você já sabe de cor e o usa com toda a sua desumanidade
Meu nome é Daniella, sou pedagoga, especialista em deficiências da áudio comunicação. Trabalho diretamente com pessoas surdas e conheço de perto a realidade de não escutar por deficiência e não por ignorância ou prepotência pura.
Daniella Maria de Oliveira Varela
Pedagoga
